Para as empresas já com uma estrutura de governança sólida, a batalha de conformidade já está meia ganha. Para aqueles sem uma estrutura formal, o RGPD pode-se tornar um grande impulsionador para adotar uma governança TI.

Os frameworks de governança, e numa linguagem comum, são estruturas de boas práticas projetadas para serem adaptáveis para um ambiente específico em que operam e geralmente suportam o teste do tempo, isto é, são aplicáveis independentemente do ambiente externo em mudança e das mudanças em tecnologias, podendo assim ajudar a responder a requisitos regulamentares e de conformidade, fornecendo métodos repetitivos.

Estes frameworks de governança estão focados em fornecer valor, garantindo a entrega de benefícios, otimizando riscos e recursos.

Embora existam inúmeras estruturas no mercado aplicáveis na implementação de um processo de conformidade ao RGPD, destaca-se uma ferramenta apropriada e útil: COBIT.

Esta estrutura simplesmente conhecida como COBIT tem as suas origens baseadas na confidencialidade, integridade, disponibilidade e garantia de informação que corresponde exatamente com o requisito referido no considerando 49 do RGPD: “(…) disponibilidade, a autenticidade, a integridade e a confidencialidade dos dados pessoais (…)”

A mais recente versão COBIT 5 concentra-se nos princípios de governança e gestão TI e é sem dúvida uma ferramenta fundamental na adoção de boas práticas para a realização de benefícios, otimização de riscos e otimização de recursos, bem como, fornecer uma estrutura para governar e gerir o programa de implementação de conformidade ao RGPD.

Há que pensar RGPD como uma oportunidade. Embora manter a conformidade seja oneroso, é claramente a abordagem correta, porque a razão pela qual as empresas existem é para criar valor para as partes interessadas, e bem aplicado, o RGPD será um importante contributo para aumentar valor.